segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Arquivo Nacional deixa a Casa Civil


O novo ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República Antônio Palocci anuncia o remanejamento do Arquivo Nacional da estrutura da Casa Civil para o Ministério da Justiça.



Este ato gera efeitos quanto ao nível de poder hierárquico, normativo e a visibilidade do Arquivo Nacional. A Casa Civil é o órgão responsável pelo assessoramento estratégico do poder executivo. A posição estratégica dos arquivos públicos começava a ser evidenciada na administração federal e era referência para outras esferas de poder.



Ao distanciar-se do centro da administração, o Arquivo Nacional, poderá ser apenas uma entidade de suporte do Ministério da Justiça.




André Araújo




Referência:

3 comentários:

  1. De novo o Ministério da Justiça?

    A velha música. Mudam os comandantes e os vícios continuam os mesmos.

    No final, não se avança quase nada.

    Luis Pereira.

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  2. A saída do Arquivo Nacional (AN) da Casa Civil da Presidência da República até tardou a acontecer, haja vista a crise que veio a tona por conta das denúncias da Folha de São Paulo e da Carta Capital. Sem mencionar a crise do
    “Memórias Reveladas”.

    O AN não fez o que se esperava. Limitou-se às
    áreas técnicas e às questões ordem legal e não desempenhou o papel que lhe cabia: implementar e acompanhar a política nacional de arquivos públicos e privados; medidas que fortaleceriam o Órgão e colocá-lo-ia em destaque na Casa Civil. Para executar ações tão pífias, ficar vinculado ao Ministério da Justiça é suficiente.

    É um enorme retrocesso, cuja responsabilidade é daqueles que ficaram responsáveis por fortalecer a instituição, mas que a arrogância não permitiu seguir em frente. O AN nunca abriu diálogo com as áreas acadêmicas; ignora qualquer crítica – mesmo que construtiva e embasada na literatura de autores consagrados no âmbito nacional e internacional -; não aceita ser contrariado e fica preso a idéias ultrapassadas (como o código decimal, de origem biblioteconômica).

    Eu fico triste pela posição dos arquivistas, mas gargalho pelo tropeço da arrogância dos representantes do Arquivo Nacional. Eu me delicio.

    Luis Pereira.

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  3. No GDF, a nova gestão determinou o remanejamento do Arquivo Público do DF da secretaria de cultura para a Casa Civil. Saiu de uma "pasta" de pouco prestígio para uma essencial.

    http://www.buriti.df.gov.br/ftp/diariooficial/2011/01_Janeiro/DODF%20Edição%20Especial%2001-01-2011/Edição%20Especial.pdf

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