Salomão Oliveira Nunes (estágio supervisionado 1)
O filme Anti-Herói Americano, aborda a vida cotidiana de pessoas comuns que não têm uma profissão de destaque na sociedade, para isso utiliza-se de um personagem que representa essa camada social, que no caso é o David Pekar. O filme não enfatiza intensivamente a profissão de Arquivista, mas a utiliza como representante de várias profissões que não tem notabilidade na sociedade. Essas pessoas que exercem tais profissões, têm uma vida comum direcionada principalmente para a satisfação de suas necessidades básicas e algumas supérfluas, com pouca participação na vida social, como ter uma moradia, roupas, consumo de itens culturais básicos como discos e livros mas não têm um automóvel. Aborda também as questões de conflitos pessoais que fazem parte de todas as camadas sociais, como problemas na vida conjugal e familiar, doenças, solidão e outros, algo não muito explícito no padrão hollywoodiano de filmes, que freqüentemente exaltam o glamour de uma vida social elevada. Porém, o filme ressalta as questões psicológicas da pessoas modernas que não se contentam com suas dificuldades de realização e insatisfações pessoais, mas alimentam sempre a ilusão da existir uma possibilidade de se tornar alguém importante e famoso e com isso mudar o padrão financeiro e ter por um momento uma vida de celebridade. Algo importante no filme é o fato do personagem assumir uma postura mal-humorada e negativa em sua personalidade, seja em momentos bons ou ruins, o que nos leva a refletir se o que é fundamental na vida é a nossa condição financeira e pessoal ou se é necessário mudarmos a nossa mentalidade ou adotarmos aspectos positivos na nossa personalidade. O que está implícito na cena em que David pede carinhos à sua esposa recém chegada de uma viagem de assistência social em outro país e ela o repreende demonstrando-nos que as questões pessoais e sentimentais continuam importantes mas se tornam secundárias frente aos problemas humanos.
Apesar de que seja real que para termos alegria é preciso de um pouco de satisfação e algumas pequenas realizações, porém se considerarmos como absoluto o que a mídia e as concepções de vida moderna nos impõe, poderemos ter uma vida boa, abastada, e continuarmos infelizes, como o personagem, o que reforça o ideal que os verdadeiros heróis continuam sendo aqueles modelos vendidos pelos meios de comunicação, o que tem seu lado bom pois estimula as pessoas a buscarem o progresso, mas anula a vida interior que é natural ao ser humano.
O filme mostra que o ideal e mesclar os dois lados, o social e o pessoal, o socialmente valorizado e o individualmente aceito, pois o indivíduo deve ser livre para ser como os milhares de David Pekar, ou racionalizar e balancear seus conflitos e se sentir melhor na vida, ademais o filme é ótimo.
O filme é realmente interessante. Dentro dos diversos aspectos salientados pelo Salomão, o filme não apresenta uma relação do arquivista retratado a arquivologia em si. Apesar de personagens e caracteres singulares, de variantes facilmente psicológicas, só se pode realizar suposições que agregam relação ao arquivo. Imensa variedade de abstrações que se relacionem a arquivologia e a influência e relevância social.
ResponderExcluirO David Pekar, apesar de complexo, demonstra um padrão comportamental muito rico em diversas situações. Mas o que me parece ficar realmente claro é o quão importante é a diferença entre a valoração das coisas que passam pelas nossas vidas e o que realmente fazemos com elas.
Aqui pergunta-se; O que faremos com o que possuimos? o que realmente tem valor? de que maneira podemos fazer diferença?
Trazendo isso para a Arquivística, o que conhecemos é o necessário? De que maneira podemos determinar o nosso futuro e do que está ao nosso redor? E a partir do que pensamos, seguimos em frente com o melhor, na vida e no arquivo...
Este filme retrata a realidade da Arquivítica Nacional.
ResponderExcluirO Sinarquivo divulgou recentemnte reportage sobre a profissão de arquivista. Muito bom. É instigante para a área. Mas me chama a atenção um detalhe arcaico e ridículo.
O sindicado dos arquivistas informa que "Preservar a informação e resgatar a história, esta é a missão de um arquivista (Sinarquivo)". Só isso? Preservar a informação e lidar com documentos históricos?
É isso que um arquivista faz? Guardar documentos? E o arquivista-gestor? E o arquivista que trabalha nos arquivos de primeira idade? Esse não existe?
Que posição idiota esta do Sinarquivo. Continua o foco da Arquivística nacional nos arquivos de terceira idade; aí reside um dos problemas para a àrea e o fato pelos quais os profissionais estão no "limbo do esquecimnto" perante o grande público. A Arquivologia precisa de "markenting"; precisa de reconhecimento social. Posição esta que só será atingida se os arquivistas trabalharem nos arquivos de primeira idade e mostrarem para os administradores que um arquivo organizado e racional reduz a incerteza e agiliza a tomada de decisões.
Nas palavras de Luis Carlos Lopes, os arquivos no Brasil são um misto de santuário com templo religioso; e os profissionais são guardiões "imparciais" desses lugares "sagrados. Enquanto se pensar assim, vamos permancecer no limbo.
Theo Thomassen quebra a “mesmice” do arquivo como "conjunto de documentos..." ao definir arquivo como “informação gerada e estruturada por processos de trabalho funcionalmente inter-relacionados (Thomassen, 2006). Ou seja, arquivos compostos por informações vinculadas a processos de trabalho.
O conceito de Thomassen se aproxima e descreve – de forma precisa – os arquivos correntes e as atividades burocráticas necessárias ao cumprimento dos processos de trabalho.
Processos de trabalhos gerando documentos e, por conseguinte, arquivos; sendo estes necessários ao cumprimento daqueles. É quebra de paradigma que releva o arquivista como sujeito responsável e necessário à tomada de decisões nos órgãos administrativos e não apenas como mero “guardador” de documentos nos arquivos de terceira idade.
Preservar a informação e guardar a memória. Que ridículo. Certas frases fazem as chamas da minha indignação arder em fortes labaretas.
Luis Pereira
A profissão e o profissional. São temas relevantes a serem discutidos. Profissões da Ciência da Informação não são glamorosas. Nunca vi uma criança que aos cinco anos dissesse que queria ser arquivista. Caso visse, recomendaria um analista.
ResponderExcluirArquivistas, “arquivologistas”, “arquivólogos”, bibliotecários, biblioteconomistas, “bibliotecólogos”, “bibliotecologistas”, museólogos, “museologistas” e outras denominações congêneres (populares ou acadêmicas) são profissões razoavelmente recentes. Posso ouvir protestos de colegas de profissão, mas considerando ofícios de agricultores, soldados, médicos, políticos, juristas e acompanhantes, não há o que discutir.
Não se deve desmerecer a profissão, mas sim, considerar o contexto de sua existência para definir seus valores. Um exercício de auto-ajuda consiste em pensar em respostas básicas para perguntas complexas.
Quem sou seu? O que faço? Como? Por quê? Qual objetivo?
Gerir a informação é o ofício, preservar o parimônio imaterial é consequência.
ResponderExcluirNão devemos ver os arquivistas, bibliotecários e museólogos como carregadores respectivamente de caixas, livros e múmias .
Estes profissionais são na verdade pesquisadores com capacidade de compreender o contexto da informação em função da necessidade de uso e disponibilizá-la de modo eficiente.
Quando criança queria ser Arqueologo, cheguei bem perto.
ResponderExcluirkkkkkkkkk!
Queria pedir para que quando postassem dessem dois enter's entre paragráfos para que fique legal o texto. Pois temos que pensar no usuário (eu).
Beijos.
Esses clientes...
ResponderExcluirjamais ficam satisfeitos.
kkkkk
Gostei da dica arquivologista Calazans!