Hoje a Coordenação de Arquivo do CEDOC/UnB promoveu a discussão sobre o "Código de Ética do Arquivista" proposto pelo ICA - International Council on Archives e diversas questões foram levantadas acerca da ética dentro do mundo profissional arquivísitico.
Um dos pontos principais do debate foi os limites de aplicabilidade do Código, tendo em vista que ele não condiz em várias partes com a realidade organizacional vivida pelos arquivistas no Brasil. Podemos exemplicar já com o seu 1º artigo: "Os Arquivistas mantêm a integridade dos arquivos, garantindo assim que possam se constituir em testemunho permantente e digno de fé do passado." Percebemos nesse artigo uma falha na compreensão sistêmica do arquivo, pois apresenta a ideia de que arquivos seriam apenas uma representação do passado (arquivo permanente), esquecendo-se das outras competências atribuídas à arquivística, como a gestão informacional, relacionada aos arquivos corrente e intermediário.
Outro ponto discutido foi a real necessidade da existência desse código para o amparo dos profissionais perante complexas questões éticas, como por exemplo, o que deveria ser feito em casos de descoberta de corrupção em uma instituição pública: poderia o arquivista divulgar os documentos que compravam a ilegalidade, ferindo assim a sigilosidade dos documentos? Um código de ética se prestaria a responder tais perguntas.
Diante disso, um código de ética se faz importante para a nossa área, desde que contemple os dispositivos adequados. Concluímos ainda que o Código do ICA não satisfaz as necessidades da arquivística no Brasil, mas que apesar das limitações, ele consegue expor alguns assuntos relevantes para a correta postura profissional do arquivista, o que futuramente pode embasar estudos técnicos para o desenvolvimento de um código de ética aplicável de fato à realidade do país.
Participantes: Tânia Pereira, Henrique Distretti, Julianna Sousa, Pedro Carvalho, Camila Ventura, Érika Leite, Luiz Fernando Alves, Leonardo Lima, Caroline Durce, André Luiz, Ana Carolina Gomes e Rafael Carvalho.
Autores: Julianna Sousa e Pedro Carvalho
Autores: Julianna Sousa e Pedro Carvalho
Este é mais um passo para a consolidação da imagem do profissional Arquivista. Não sendo visto apenas como guardião do passado, mas também como um gestor da realidade administrativa atual, cujos os efeitos de suas ações serão refletidos em curto ou longo prazo para as Organizações. Ser probo, ou seja, correto, honesto em sua conduta e eficaz na metodologia aplicada em sua área de atuação são caracteristicas admiráveis em um profissional.
ResponderExcluirA imagem do Arquivista nas instituições está mudando. Por atuar principalmente na administração pública é exigido do profissional uma postura coerente com a ética do serviço público.
ResponderExcluirNa minha mente, como arquivista e como cidadã ficam ainda muitas dúvidas....
ResponderExcluirMas quanto a imagem do arquivista, acho que como toda e qualquer imagem ela se constrói e desconstrói a todo o momento, ela depende da forma como nos projetamos e principalmente de como nos enxergamos!
Vejo o arquivista como um facilitador informacional e acima de tudo como profissional qualificado e eficiente para a administração, sociedade e memória!
A mudança está acontecendo, temos que contribuir com ela, temos que ser a mudança e para isso temos que trabalhar sempre com ética e profissionalismo!
Saudações Arquiveras a tod@s!!!!
A ética abrange um conjunto de condutas. Estas não devem ser "boas" ou "bem intensionadas". Devem sim ser coerentes e eficientes. Os recursos que dispomos existem proporcionalmente ao que demonstramos merecer. Quer ser famoso, exponha suas qualidades. Quer ser respeitado, seja um lider. Quer ser reconhecido, então faça por merecer! Não apenas somos o que somos, mas também há de se considerar a forma como somos vistos aos olhos dos outros.
ResponderExcluirÉTICA
ResponderExcluirSegundo o dicionário, a ética (do grego ethos, que significa modo de ser, caráter, comportamento) é o ramo da filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade.
Nunca uma palavra foi tão usada. Ao mesmo tempo, nunca foi tão esquecida e ignorada. Há o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar na Câmaro dos Deputos e no Senado Federal.
Ética na polítca? TaL blasfêmia é tão ridícula que é "risível".
Há o Decreto nº 1.171 (22/01/1994) que trata do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
Alguém conhece algum servidor que lê e segue aquele lixo? Só no plano da utopia. Se alguém leu, foi para ser aprovado no concurso, mas logo depois esqueceu. Ou vai ignorar na primeira oporunidade, pelo menos a maioria esmagadora.
O Código de Ética do Arquivista vai ser mais uma regra formal. Vai virar "letra morta". Mas importantes são ações efetivas, mesmo que isoladas, de cada indivíduo no "corpo social". A honra é o maior de todos os valores. O arquivista que tem esta qualidade (honra) não precisa d eum ridículo código de ética que não vai passar do plano da formalidade.
Hermeneuticamente,
Luis Pereira dos Santos
Arquivista/SRH/UnB.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEncontrei um texto da AAB sobre princípios éticos para os arquivistas, tá aí o link:
ResponderExcluirhttp://www.aab.org.br/prineticos.htm